Dinheiro traz felicidade?
#03 | Na coluna deste mês, Priscilla Pellisoli nos desafia a refletir sobre a frase que sempre esteve nas conversas de 9 entre 10 pessoas.
A coluna Planejamento Financeiro além dos números é escrita por Priscilla Pellisoli, Planejadora Comportamental Financeira e é enviada todo 2º domingo do mês.

Em algum momento, todos nós já nos perguntamos se o dinheiro traz felicidade. Em minhas conversas, seja em mentorias ou em situações informais, essa questão surge frequentemente. Percebo que a dúvida muitas vezes se origina de uma compreensão limitada sobre a verdadeira função do dinheiro em nossas vidas. Nossa relação com o dinheiro é profundamente influenciada por fatores culturais, históricos e sociais, que frequentemente o associam a algo negativo – como sendo sujo, a raiz de todos os males, ou uma fonte de estresse e ansiedade.
É por isso que acredito na importância do autoconhecimento financeiro, uma prática que incentivo em meus atendimentos. Ter clareza sobre o significado do dinheiro, alinhado aos nossos valores e objetivos de vida, é essencial para uma relação mais saudável com as finanças.
Diversos estudos já exploraram a conexão entre dinheiro e felicidade. Em 2021, o psicólogo Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel em Economia, junto com o cientista Matthew Killingsworth, revisaram seus estudos anteriores sobre a relação entre renda e felicidade. De maneira resumida, descobriram que, enquanto alguns aspectos da felicidade emocional se estabilizam com o aumento da renda, outros continuam a crescer, especialmente quando o dinheiro é visto como um meio para viver uma vida mais satisfatória, e não como um fim em si mesmo.
O impacto do dinheiro, portanto, varia de acordo com a percepção e o uso que as pessoas fazem dele.
Então, dinheiro traz felicidade?
Reflita sobre sua vida hoje, desde suas necessidades básicas até as experiências mais marcantes. Seria possível realizá-las sem dinheiro?
Enxergue o dinheiro como uma ferramenta para concretizar seus desejos, aumentar seu bem-estar financeiro e como parte de sua jornada de vida.
Dica da Planejadora:
Pegue uma folha de papel e desenhe uma pirâmide dividida em cinco partes. Na base, inclua o que é mais importante para você – seus valores e objetivos. Em seguida, vá subindo, degrau por degrau, anotando suas prioridades. Este exercício ajudará a clarear se você está utilizando seus recursos financeiros em prol do que realmente importa para você.
Obrigada e até o próximo mês!
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Considero que o dinheiro é meio, não fim. Acesso. Como os acessos são distintos uns dos outros, tem alguns mais estreitos, outros mais largos, alguns ruidosos, outros mais descomplicados. Um abraço, Priscilla.