43 - Como encerrar ciclos? | Carreiras #23
Encerrar ciclos nem sempre é ruim. Precisamos aprender a para a beleza que surge ao nosso redor quando a vida anda e conseguimos dar o próximo passo.
Carreiras Múltiplas é uma newsletter para quem está cansado da sua carreira ou do seu trabalho, quer mudar e não sabe por onde começar. Reflexões sobre carreira, vida em equilíbrio e futuro do trabalho. Por Pri Tescaro, jornalista, autora e mentora de carreiras.
Oi!
Eu lembro do dia que cheguei para o meu diretor e disse que estava saindo do trabalho porque ia mudar para Porto Alegre. A expressão dele foi um misto de: "como assim, Priscila" junto com "O QUÊ?????".
Eu e o Paulo Rogério, o diretor do departamento da Secretaria de Agricultura de SP, não tínhamos apenas uma relação profissional de trabalho. Éramos amigos. E ele sabia que meses antes de entrar na sala dele com aquela notícia, eu tinha terminado um relacionamento que me deixou muito mal.
Ele sabia que aquela decisão de encerrar o ciclo e deixar Campinas/SP para mudar para Porto Alegre/RS não envolvia um trabalho. Tinha algo mais naquela história de "tchau, obrigada por tudo".
Por isso ele só aceitou a minha decisão quando expliquei os reais motivos. "Lembra do Márcio, aquele jornalista do Grêmio com quem converso todos os dias? Então, nós decidimos morar juntos e a única alternativa é me mudar para lá".
Entre o pedido de demissão e a minha partida passaram-se 30 dias. Foi o período que levei para tentar assimilar o final de mais um ciclo na minha vida. Aos 29 anos eu estava, talvez pela primeira vez, tomando uma decisão única e exclusivamente por mim e para mim. Por mais que tenha deixado família, amigos e trabalho para trás, EU tinha escolhido encerrar aquela etapa e abrir um novo capítulo.
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Nem sempre minha vida foi assim, encerrando ciclos e começando outros com certeza que estava fazendo a escolha certa. Quase todas as vezes que passei por um final eu estava no limite do esgotamento físico, mental e emocional (dois burnouts em cinco anos!).
Dentro da minha família, influenciada pelo meu pai, aprendi que precisamos fazer escolhas que durem para sempre. Se escolhi a faculdade de jornalismo, terei que ser jornalista até me aposentar. Se casei com uma pessoa, devo ficar com ela até que a morte nos separe. Mas não é bem assim e não precisa ser bem assim.
Compreender que tudo tem início, meio e fim nos ajuda a aceitar a finitude e nos prepara para as novidades que vão florescer.
#01 - precisamos ouvir os sinais
Nem sempre estamos atentos a eles. Em outras situações, até sentimos e ouvimos os gritos internos, mas é como se nos fizéssemos de loucos e tapássemos os ouvidos, como se aquelas vozes fossem deixar de ecoar.
Podem ser sinais sutis nos mostrando que é chegada a hora de dar alguns bastas. Perceber esses indícios vai muito além de ouvir o coração. De nada adianta ouvir os sinais, saber que eles estão lá e não tomar as decisões necessárias para agir. Não é incomum que o processo de encerrar ciclos cause algum nível de sofrimento - e tudo bem se isso acontecer. Afinal, quem não tem dificuldade de deixar algo ir, mesmo que saibamos que esse algo não faz mais sentido para quem somos?
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Às vezes não percebemos a chegada de um fim e ficamos ali, paralisados e sem saber se devemos partir ou seguir no mesmo lugar.
#02 - como começar um novo ciclo?
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