28 - Sua voz interior te acolhe ou te maltrata? | Carreiras #13
As mulheres ousam pouco porque permitem que as vozes da sua cabeça falem mais alto que sua coragem de agir.
Neste ano, inclui um hábito no meu cotidiano pessoal e de trabalho que há tempos não conseguia: ler todos os dias. Inclusive sábado e domingo. Segui algumas regras dos gurus de produtividade - reservei um horário, inclui esse compromisso na agenda e me desconectei do celular. Escolhi o início da manhã, pois é o momento mais calmo por aqui. Antes de abrir o computador, faço meu ritual: coloco o aromatizador na tomada, acendo a vela, pego minha xícara de café e abro o livro. E assim fico, de 30 a 40 minutos, totalmente focada na única coisa importante naquele momento que é ler/estudar.
Entre essas leituras até o momento, o livro Ouse Crescer foi o que mais me impactou. Já escrevi sobre ele aqui. A autora, a americana Tara Mohr, começa o livro por um assunto que as mulheres conhecem muito bem: as vozes na nossa cabeça que ela nomeia como Censora Interior.
Sabe aquela voz do “isso não é para mim”? É a da Censora Interior. É ela que diz que as mulheres não estão prontas para liderar, não é suficientemente especializada, que falta fazer mais um curso, ler mais um livro, não é boa o bastante nisso ou naquilo.
Perdi as contas de quantas vezes eu deixei a minha Censora Interior falar alto comigo. Tenho certeza de que, em todas as vezes que decidi mudar de carreira, lá estava ela falando que eu não iria dar conta de fazer isso ou aquilo.
Quando fui convidada para assumir a coordenação da Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual da Educação do RS, meu primeiro pensamento foi: “meudeusdoceu….. isso não é pra mim. Como vou dar conta de gerenciar uma equipe, estar ao lado de uma secretária de Estado que está o tempo todo na mídia? Eu nem conheço a imprensa do Estado direito. Preciso fazer uma pós-graduação urgente! Me lasquei.”
Outro exemplo mais recente foi quando me convidaram para dar uma entrevista para o jornal Folha de S. Paulo. Quando abri o e-mail da repórter pedindo para agendar um dia e horário, eu dei um grito de felicidade e, no segundo seguinte, mandei uma mensagem para minha terapeuta dizendo mais ou menos isso: “Dany, socorrooooo, a Folha de S. Paulo quer me entrevistar. O que eu faço? Como vou responder as perguntas? Por que me escolheram?” Foi aí que começou o meu martírio até o dia e horário combinados.
A Censora Interior é a insegurança falando mais alto na nossa mente.
A Censora Interior não “aparece” apenas em situações que precisamos tomar alguma decisão ou quando algo importante está prestes a acontecer. Ela também dá o ar da graça quando estamos em momentos de encerramentos de ciclos como agora no final do ano. É agora que ela fica mais alta e amedrontadora, nos confundindo e paralisando quando queremos dar algum novo passo diferente do habitual. Quando ousamos crescer (como ensina Tara em seu livro), lá está ela para dizer que não somos boas o suficiente para planejar um próximo passo em nossa vida e em nossa carreira.
Mentora Interior
Agora que contei sobre algumas vezes que a minha Censora Interior apareceu com força total na minha cabeça, deixa eu contar que há uma maneira de calar essa danadinha. Lhe apresento a Mentora Interior. É uma voz que existe em cada uma de nós, livre do medo e intocada pela insegurança, que é tranquila, que emana amor para si mesma e para os outros.
A Mentora Interior mantém a simplicidade das coisas. Ela nos mostra o caminho mais simples e mais fácil, porém altamente eficaz - e autêntico - para que avancemos na vida e em tudo o que nos propusermos a fazer. Com a Mentora Interior tudo flui de maneira leve, sem dificuldade e complicação.
“A Mentora Interior sabe exatamente quem seríamos se fôssemos bastante corajosas para expressar nosso verdadeiro eu”. —Tara Mohr
Como se conectar com sua Mentora Interior?
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