24 - Olhar para trás para seguir em frente
“Nos últimos 10 anos, quais foram os 3 acontecimentos mais relevantes para você se tornar quem você é hoje?” — Tiago - Tira do Papel
Aproveitei o final de semana frio e chuvoso em Porto Alegre para arrumar minhas coisas do escritório e do meu quarto. Aquela papelada que eu vou depositando em uma gaveta para “um-dia-quem-sabe-organizar". Enfim, chegou o dia de arregaçar as mangas e agir. Entre folhas soltas, bilhetes, comprovantes de pagamentos e algumas lembranças depois, encontrei um caderno com escritos de 2018, meu ano sabático. Quando comecei a folhear as páginas, um sentimento de nostalgia me invadiu. São textos de quatro, cinco anos atrás, mas é de uma Priscila completamente diferente da Priscila de hoje. Lembro que uma amiga querida sugeriu que eu fizesse um diário dos meus sonhos, pois estava em uma época em que sonhava (e lembrava depois) muito e não estava conseguindo conectar os pontos entre eles.
A primeira página é de 9 de setembro de 2018. A primeira frase é: “sonhei com uma carta que escrevi na faculdade, aos 22 anos. Lembro da sensação de me sentir inocente/insegura ao escrever. Eu ria levemente do texto. A essência está dentro de mim. Ser jornalista sempre foi meu sonho. Por quê? Porque eu não queria rotina, eu queria estar em vários lugares diferentes, queria me relacionar com outras pessoas, queria contar histórias. E por que eu não fui para a TV ou para o rádio? Porque escrever é a minha forma de comunicação preferida. É assim que me expresso melhor.”
Em outro trecho, de 24 de outubro de 2018, escrevi esta reflexão: “sou jornalista e quando lembro do esforço que eu e minha família fizemos para fazer esse curso, não tenho dúvidas que meu caminho passa pela escrita. Amo escrever e compartilhar, mas não estou conseguindo colocar tudo isso em ação.”
No dia seguinte, a anotação é de uma conversa que tive com uma amiga. “O ponto alto da nossa conversa foi: o que eu quero fazer pelas pessoas que pode ser um trabalho, uma carreira? E a resposta veio de bate pronto. Quero que as pessoas possam ter opções de caminho para seguir em sua vida com leveza e equilíbrio, sem precisar sofrer em rótulos. Eu gosto de ensinar, escrever, ouvir e contar histórias, mostrar quais são as possibilidades que cada pessoa tem diante de uma situação. Será que tem uma profissão para isso?”.
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