16 - A força das Comunidades | Carreiras #09
Entre fazer crochê ou organizar o computador, minha escolha tem sido me apoiar nas Comunidades que estou descobrindo.
Já li várias vezes que todo escritor, em algum momento da carreira, tem o famigerado "bloqueio criativo". O medo da tela em branco assola muitos profissionais que trabalham com criatividade e escrever não é deixa de ser uma forma de arte, de comunicação.
Mas aqui, deste lado, ando sofrendo do “excesso de criatividade”. Eu tenho uma lista de assuntos que quero abordar aqui e parece que falta tempo, mãos e fôlego para colocá-los em palavras e frases. É uma urgência que me angustia, como se estivesse perdendo tempo para algo que nem sei direito o que é. Acontece algo parecido aí desse lado?
Quando estou nesses momentos de excesso criativo, ao contrário do que deveria fazer, que é abaixar a cabeça e produzir - afinal, não é isso que a minha mente pede? - eu simplesmente paraliso. E começo a organizar o computador. Ah, não tem nada mais prazeroso pra mim do que organizar as pastas no Drive, alterar o layout do Notion, a ferramenta que utilizo para gerenciar tudo na minha vida, revisitar projetos, pesquisar imagens… quando eu vejo, já terminou o dia e a sensação de não ter produzido nada útil chega como um foguete e aí vem a tristeza e o desânimo.
Logo que mudei para Porto Alegre para casar, ainda sem trabalho, minha mãe deu um aviso para o meu marido: “Márcio, se a Priscila começar a fazer crochê é porque ela está entrando em depressão. Não deixa!”. Passaram-se 16 anos e hoje eu não faço crochê, eu organizo o computador. Na terapia, eu descobri que não é bem assim como a minha mãe achava. Eu funciono de um jeito que sempre que tem algo muito legal acontecendo, ou que eu quero colocar no mundo, quando estou prestes a dar o passo principal, eu me recolho e vou organizar o computador.
Aliás, eu estava organizando as pastas do computador, por isso esta edição atrasou mais do que eu gostaria. Desculpa pelo inconveniente.
O título desta edição - “A força das Comunidades” - nasceu de uma emoção muito potente que vivo todas as segundas-feiras desde 10 de abril nos encontros com a turma da comunidade do Mol³, um curso sobre Aprendizagem Autodirigida que termina na próxima semana. Durante esse período, eu descobri novos olhares sobre muitos temas que permeiam a minha vida. Maternidade, música, aprendizagens, relações, empatia, apoio, apreciação (uma das palavras mais bonitas que faz parte do meu vocabulário graças ao
) e aprendi sobre as COMUNIDADES.Um dos lemas do Mol³ é “se joga que aqui tem rede". Temos até uma figurinha no WhatsApp para encorajar as pessoas que estão em algum “limbo” e precisam de coragem para se jogar. Seja para tirar um projeto do papel, para pedir uma conversa com alguém que admira, ou para escrever um post no Instagram para compartilhar algo que tem em mente…. não importa qual seja o bloqueio, a força da comunidade está presente (no nosso caso nos encontros semanais e no grupo do WhatsApp) para receber escuta ativa e acolhedora, atenção, empatia e apreciações. Nem sempre é para pedir conselhos. Aliás, muitas vezes é simplesmente ter alguém na mesma página que a gente para ouvir aquilo que precisamos dizer em voz alta, até a nossa mente racional sair um pouco de cena e deixar a emoção nos tocar.
Estou escrevendo mais uma vez sobre meus aprendizados no Mol³, pois minha vivência nos últimos meses é uma experiência que encaro como um importante divisor de águas não apenas na forma como faço o meu trabalho e administro minha carreira, mas na forma como encaro meus papeis na vida daqui pra frente.
O apoio que encontrei na Comunidade do Mol³ me ajudou a realizar a primeira edição da minha mentoria coletiva com seis mulheres que criaram novos projetos em paralelo as suas carreiras atuais. Além disso, facilitei encontros para pessoas que estão em dúvidas com suas carreiras e queriam mapear outras opções. Agora, o próximo passo é colocar no mundo a nova edição da Mentoria Destrava, com uma nova metodologia e ferramentas, apoiando ainda mais mulheres que desejam fazer uma transição de carreira com coragem e confiança.
Foi por meio dessa Comunidade que eu entendi que a gente precisa ter uma rede de apoio que não nos julgue e apenas nos ouça em alguns momentos da vida. Foi aqui que eu comecei a entender que não preciso fazer crochê ou organizar o meu computador quando estou prestes a dar o principal passo em algum projeto. Que estou a uma mensagem de distância de uma rede com dezenas de pessoas que estão ali para me ouvir e apoiar antes que eu me esconda de mim mesma.
Esta semana, em uma conversa com a minha parceira de Mol³, a Isis Krüber, ela me disse algo mais ou menos assim:
“Aquilo que a gente precisa vivenciar, acaba nos encontrando. É só deixar fluir”.
Acredito que meu encontro não apenas com o pessoal do Mol³, mas com a beleza genuína que existe em uma Comunidade, é o que eu precisava que me encontrasse por aí. 😉
🫂 Já está no meu grupo do WhatsApp, o Trilhando Juntas: Transição de Carreira? É um espaço só nosso para eu compartilhar com você novidades e programações, num ritmo tranquilo, sem algoritmos atrapalhando o caminho, bem ao alcance das suas mãos.
📍 É um grupo silencioso no WhatsApp, onde somente eu e minha equipe postamos convites, oportunidades, programações exclusivas. Por lá, vamos trocar sobre carreiras, um espaço para pessoas que estão com inquietações sobre suas carreiras e trabalho e precisam de apoio.
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A curadoria da semana é sobre textos e conteúdos interessantes que encontrei nas minhas pesquisas:
👩🏻💻 Para mim, o Substack é uma forma de comunidade que ainda vai render bons encontros entre gente muito bacana. Para celebrar esta edição sobre Comunidades, separei cinco newsletters que estou adorando acompanhar.
❣️
da✈️
da🧑🏻🦰
da🚪
da🧒🏻
daTem alguma recomendação de leitura para compartilhar? Deixa nos comentários para a gente fazer circular o que é bom!
Mentoria Destrava
Estou selecionando oito mulheres para estruturar os próximos passos e realizar uma transição de carreira com confiança e coragem para ter uma carreira satisfatória e com significado, em até três meses com uma mentoria individual e exclusiva.
Você tem interesse? Responda esta mensagem ou me escreva no priscila@pritescaro.com.br
“Não sabia o que fazer da minha vida quando fui demitida. Fui pega de surpresa e fiquei sem chão. A Pri me tirou do fundo do poço, me mostrou um novo caminho e retomei minha carreira com um novo olhar. Não tenho palavras para agradecer o trabalho que fizemos juntas.”
Débora de Oliveira, Jornalista, Radialista, estudante de Psicologia e Influenciadora Digital
Já leu as duas edições do Histórias que Inspiram?
Nada melhor para representar a newsletter de hoje do que a playlist do meu colega de Mol³, o Alisson. “É uma verdadeira mistura de referências que tem muito batuque e balanço.” Bora? 💚
Nos vemos na próxima semana!
Com carinho,
Pri 💚
Pri, muito obrigada pela citação e nesta lista tão linda. É uma honra ter leitoras tão queridas e cheias de vida. <3
Olá Pri!
Seu texto tá bem coladinho comigo: eu limpo computador, limpo casa e faço o que? Crochet! kkk
Mas, o que eu tenho observado dentro do meu processo criativo é que pausas são muito importantes para um desligamento momentâneo, tipo massa de pizza que precisa fermentar e crescer. E vivemos nessa paranoia de que temos e temos que ser produtivas o tempo todo. Isso é um massacre. Talvez, fosse interessante você fazer um pouco do crochet se realmente gosta. Estipula um tempo pra essas fugidinhas... E vejo também nessas atividades uma forma de me concentrar e até mesmo organizar meu mental.
Então, hoje mesmo me peguei dando essas escapadas e percebi que é assim: preciso de um 'respiro' entre trabalhos. Muitas vezes tenho levantado por 5 mim entre um bloco de trabalho mais longo ou quando troco de atividade. Eu vou pegar uma água, assisto um vídeo de 5 mim de algo que me entretenha, para que meu cérebro quando eu voltar entenda que vou pra um assunto novo... isso tem me ajudado a ter menos escapadas durante o dia. Mas voltando para o crochet, ou outra atividade que esteja fazendo, tem uma manualidade ali, um fazer, mas que nem sempre tem que render lucros...