15 - A uma mensagem de distância
“Felicidade de ser único. Igual a você não tem mais ninguém com seu jeito, atitudes, gostos….” — Autor desconhecido
Adoro o poder que a internet tem de nos aproximar de pessoas em qualquer lugar do mundo. Não é incrível a gente abrir o celular e poder se comunicar com alguém do outro lado do planeta? Estou escrevendo este texto na minha casa, em Porto Alegre, mas sei que tem gente nos EUA, Portugal e Canadá que são assinantes da news. E têm pessoas em lugares pelos quais já vivi e que me acompanham por aqui e pelas minhas redes sociais. Como diz um mantra da comunidade do Mol³ que faço parte, “estamos a uma mensagem de distância” uns dos outros.
Sou muito grata à internet. Conheci meu marido por meio dos nossos blogs, lá em 2007. Fiz amigos online. Trabalhei para empresas estando a quilômetros de distância. O online me proporcionou ampliar meu conhecimento por meio de tantos cursos que participei pelo Zoom.
Estou nostálgica com meu relacionamento com a internet porque esta semana encerrei a mentoria de uma aluna, a Milene Fischer, e que também é minha conhecida da época em que morava em Americana, no interior de SP. Foram nove semanas de trabalho e ao final ela escreveu uma carta de agradecimento no Instagram (o texto está dividido em três partes aqui, aqui e aqui).
Entre lágrimas de felicidade e emoção, o trecho abaixo foi o que mais me tocou:
“Priscila: Queria lhe dizer, na verdade era para ser em cinco parágrafos e viraram três longas laudas, que isso é muito de mim também. Eu precisava me ouvir! Obrigada pela sua coragem e inspiração!”
Imagina que responsabilidade a gente ser a inspiração para os outros? Eu sempre fico apreensiva durante as mentorias, pois levo o meu trabalho muito a sério. Sei o tamanho da responsabilidade que tenho nas mãos ao conduzir e apoiar mulheres (e alguns homens também) em seus processos de transição de carreira. Sempre que um processo se encerra e recebo feedbacks assim eu sempre penso: “você é muito fod*, Priscila Inês!!!”
Eu só consigo fazer isso porque eu me entrego à história de cada profissional que me procura. Eu mergulho fundo em suas trajetórias de vida, questiono, provoco, apresento prós e contras de diferentes caminhos. Eu me dedico a cada um deles, porque é isso que eu gostaria que fizessem comigo. É como naquele ditado "faça para os outros o que você gostaria que fizessem contigo.”
Depois de receber a carta da Milene, fiz alguns stories no Instagram ainda com a voz embargada de emoção. Horas depois, abri meu WhatsApp e encontrei duas mensagens de pessoas que já passaram pela minha mentoria com depoimentos sobre nosso trabalho. Em um deles, tinha o convite para tomar um café e se conhecer pessoalmente. Acredite, nós fizemos o trabalho no final de 2020, ele mora em Porto Alegre e ainda não nos encontramos. Convite aceito e na próxima semana vou tomar um café com o Gustavo Timm 😀.
Nos últimos anos, eu recebi clientes de diferentes lugares. Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, EUA… Atualmente, nos grupos de estudos e pesquisas que participo, estou em contato com pessoas que estão espalhadas pelo mundo.
Nas últimas duas semanas, eu entrevistei a Muriel para a segunda edição do Histórias que Inspiram, troquei mensagens com a Paula, no Rio, com a Rafize, em Curitiba, com a Ísis e a Cacá, em Florianópolis, com o Luis que é de Minas e está em Pernambuco, com a Datise que mora no Canadá, com a Camila, em Novo Hamburgo, com a Fê que mora em São Paulo, com a Gable's minha amiga da faculdade, que mora nos EUA…
Essa é a beleza da internet. E a gente está apenas a uma mensagem de distância de pessoas que estão a milhares de quilômetros fisicamente.
Largar o osso é preciso
Encontrei este texto da
sobre o encerramento “de um dos meus projetos mais completos e de maior impacto até agora”, ela escreveu.Durante a leitura eu me enxerguei em suas palavras e também a história de tantas pessoas que já mentorei.
“Desligar eles foi um processo que me exigiu muito foco no que quero daqui pra frente, mas não vou mentir para você que estou largando um osso muito conhecido e seguro para mim. E isso me faz lembrar como é fácil ficar na nossa zona de conforto, mesmo que ela seja desconfortável.”
Sempre digo que precisamos alinhar nossas carreiras com a vida que queremos. Nossos valores precisam ser respeitados no trabalho que fazemos. Ir contra eles é um preço muito alto a se pagar e muitas vezes ele é parcelado, o que leva anos até quitar a dívida totalmente (se é que isso é possível).
“Sou uma mulher casada e sou mãe. Minhas prioridades hoje em dia são outras e a forma como trabalhava me faria perder coisas que não quero.”
Muitas vezes a gente fica estagnada em situações que nos geram desconforto, mas não conseguimos sair dela por uma série de motivos. Os mais comuns são:
“O que os outros vão pensar de mim?”
“E se o que eu gosto não der dinheiro?”
“Vou precisar começar tudo do zero?”
“Estou muito velha para começar tudo de novo.”
Só que ficar paralisada em uma situação por motivos externos quando há uma voz interna pedindo para a gente se mexer, para dar o próximo passo, pode ser pior. Usando uma expressão que a Flavia colocou no texto, é como quando ficamos em uma mesma posição por um longo tempo e a perna fica dormente. “A gente só percebe quando mexemos nela, e aí o sangue volta a circular e nos lembra que estávamos muito tempo parados ali. Tempo suficiente para que começasse a incomodar."
“Meu incômodo com meu profissional tinha a ver com a necessidade de atualizar meu exterior com os novos valores e motivações que tinham agora no meu interior.”
Às vezes, a gente precisa desligar os aparelhos daquilo que está nos incomodando. Ou mexer a perna e se colocar em movimento para o sangue voltar a circular. Em outras situações nós precisamos olhar para dentro e entender o que não faz mais sentido porque não somos mais a mesma pessoa de cinco, dez anos atrás. Nós mudamos e nossa carreira e nosso trabalho também precisam mudar para não precisar sobreviver por aparelhos.
🫂 Tem novidade chegando por aqui: A partir de agora, nós temos um espaço só nosso, um espaço para eu compartilhar com você novidades e programações, num ritmo tranquilo, sem algoritmos atrapalhando o caminho, bem ao alcance das suas mãos.
É o Trilhando Juntas: Transição de Carreira, um espaço para pessoas que estão com inquietações sobre suas carreiras e trabalho e precisam de apoio. É um grupo silencioso no WhatsApp, onde somente eu e minha equipe postamos convites, oportunidades, programações exclusivas.
Já estou preparando alguns conteúdos que quem estiver no grupo receberá em primeira mão.
✨ Para entrar gratuitamente no Trilhando Juntas: Transição de Carreira é só clicar neste link. Quem vem?
https://chat.whatsapp.com/DOh3aesVhC37QflkzdgOWB
A curadoria da semana é sobre textos e conteúdos interessantes que encontrei nas minhas pesquisas:
🤹🏻 Como sua história única pode fazer com que você seja contratado
Separe cinco minutos para assistir este vídeo!!! A americana Aimée Eubanks Davis, CEO e especialista em talentos, explica que muitas pessoas têm dúvidas em momentos importantes das suas carreiras quando não têm uma trajetória de trabalho linear, que não se encaixam no “padrão”. É o que eu sempre reforço para cada mentorada que atendo: nossas experiências de vida que podem não ser tradicionais, podem, na verdade, ser um diferencial poderoso. “O segredo é transformar a forma como encaramos a nossa história. Mesmo que você esteja em um caminho não tradicional, acumulou algumas habilidades ao longo do tempo que são realmente valiosas na força de trabalho. Sua tarefa é identificar essas experiências e usá-las, porque é provável que elas sejam o ingresso para um ótimo trabalho.”
🌻 “Conheci” a Amanda Costa durante a participação que ela fez no encontro desta semana do grupo do Mol³. Que mulher, que potência! Vasculhando a internet sobre seu trabalho, encontrei este texto que me fez refletir sobre muitas questões que inclusive trouxe na edição de hoje da news. O título “Força de vontade não funciona” é o convite para a leitura e para pensarmos qual é o ambiente que queremos criar para viver quem somos de verdade, a nossa essência. Será que estamos normalizando ambientes só porque “os outros acham certo”?
Histórias que Inspiram - Muriel Magalhães
Você viu que saiu a segunda edição do Histórias que Inspiram? A entrevistada é a Muriel Magalhães, idealizadora do Restaura, uma empresa que apoia pessoas, comunidades e sistemas a cultivar diálogos conscientes, compassivos e assertivos. Formada em Direito, ela deixou a advocacia para trabalhar com facilitação de experiências. Hoje, ela atua como facilitadora de comunicação não violenta, círculos restaurativos, com ênfase na metodologia círculos de construção de paz.
Ela contou que quando estava decidindo qual curso escolher no vestibular ela tinha três objetivos em mente: “eu queria trabalhar com pessoas, ter estabilidade financeira e morar no interior, em um lugar tranquilo e perto da natureza.”
Durante a nossa conversa ela revisitou várias histórias do passado e também como foi o processo de transição de carreira do Direito para a facilitação de experiências.
Você pode ler o texto completo neste link.
“A pandemia trouxe algumas questões, entre elas ‘o que eu quero fazer da minha vida?’. Entendi que vida não começa só na aposentadoria, a vida é o agora. Isso pesou muito forte pra mim, eu não preciso esperar para ter o que desejo viver. Felicidade são momentos, não é o futuro que nunca chega.”
Nesta semana a gente vai de Soul para combinar com o clima nostálgico da newsletter. Pega seu café ou sua taça de vinho e aprecie a leitura. Ah, e deixa um comentário para eu saber se está gostando dos meus conteúdos 😉
Nos vemos na próxima semana!
Com carinho,
Pri 💚
Ahh adorei aparecer aqui e, assim, conhecer seu trabalho Pri! Vou acompanhar :)