06 - A vida que poderia ter sido, mas não foi
“Essa coisa que me incomoda... é realmente difícil de mudar ou é simplesmente difícil ter coragem de mudar?” — James Clear, autor do best-seller “Hábitos Atômicos”
Meudeusdoceu….. se eu soubesse que tinha tanta gente com os mesmos “sintomas” que eu quando se trata de tirar um projeto do papel, de dar o próximo passo em algo que deseja, eu teria mostrado minha vulnerabilidade muito antes. Obrigada pelas mensagens de incentivo e elogios ao meu texto. É muito bom encontrar eco em pessoas que se identificam com nossos desafios. Seguimos juntos, nos apoiando e não deixando “o que os outros vão pensar” atrapalhar o que desejamos colocar no mundo.
Em algum momento da minha vida adulta eu me autodenominei como “a louca dos cursos". Desde que me formei na faculdade (em 2000), não passei um único ano sem fazer alguma formação. Já teve curso técnico como Assessoria de Imprensa, workshop sobre design e edição de revistas, curso sobre gestão de crises, liderança, etc. Os temas sempre derivavam da minha carreira do momento. Se eu achava que faltava algum aprendizado técnico, lá ia eu buscar um local para aprofundar meus conhecimentos para melhorar. Eu sempre acreditei que aprendizado nunca é demais.
Porém, a escolha dos temas foi mudando nos últimos anos. Tenho me interessado mais por cursos relacionados ao meu desenvolvimento pessoal. Conteúdos que irão me ajudar a me conhecer melhor e, consequentemente, oferecer um serviço ainda mais qualificado.
Estou contando tudo isso porque preciso contextualizar o que vem a seguir. Esta semana, eu comecei um novo curso 😬. Ingressei na turma de 2023 do Mol³, uma formação online em cultura de aprendizagem autodirigida criada por Alex Bretas. A primeira aula foi na segunda-feira (10) e, durante três horas, mais de 100 pessoas estiveram reunidas para conhecer a estrutura do curso e também um pouco mais da história do Alex.
E foi durante a apresentação da sua trajetória de vida que o Alex disse uma frase que me marcou:
“A vida que poderia ter sido, mas não foi.” — Alex Bretas
🤯
Ele contava sobre seu pai e tudo o que ele poderia ter sido ao longo da vida, mas não foi. Os sonhos e desejos que ele tinha, mas não colocou um prática. E essa frase não tocou apenas em mim. Durante o dia, no grupo do WhatsApp, outras pessoas (são mais de 100 participantes) contaram suas histórias de “a vida que poderia ter sido, mas não foi.”
Um dos participantes disse que seguiu a profissão do pai e do avô e foi bancário durante muitos anos. Outra participante que estava seguindo o caminho que a mãe estabeleceu para ela e ia cursar Psicologia, até que decidiu se posicionar e fez faculdade de Filosofia. E assim foi ao longo de todo o dia, com histórias de vidas que poderiam ter sido e não foram. Os motivos são diversos, mas sempre recaem em algo comum: seguir por um caminho seguro indicado por pessoas em quem temos confiança, como nossa família.
“O contrário da vida não é a morte, o contrário da vida é o desencanto.” — Luis Antonio Simas e Luis Rufin
Acho que o texto de hoje é quase uma continuação da edição da semana passada.
Será que o Universo está me mandando algum sinal?
Ainda não sei o que tudo isso significa. Mas sei que este espaço tem me ajuda a refletir em voz alta e percebi que está reverberando aí do outro lado. Fico feliz por saber que não sou a única que não quer ter uma vida que poderia ter sido, mas não foi.
"Não se apresse, mas não espere. — James Clear, autor do best-seller “Hábitos Atômicos”
Você está se perguntando se está vivendo uma vida que poderia ser, mas não foi? Bora começar a conversar nos comentários para a gente se apoiar!
Quem quiser conhecer o trabalho do Alex Bretas (que tem muito conteúdo gratuito na internet) é só clicar nos links abaixo:
🔗 Site
💌 Substack
Mentoria Expandir
Você viu que estou com a agenda de abril aberta para atendimentos da Mentoria Expandir? Durante uma sessão online de 1h30 vamos desbloquear ideias e transbordar novas possibilidades para a sua vida e sua carreira.
É só me mandar um e-mail que a gente marca o melhor dia e horário: priscila@pritescaro.com.br
Playlist da semana
A playlist da semana é ainda mais especial: é do nosso grupo do Mol³
Nos vemos na próxima semana!
Com carinho,
Pri
Bora apoiar?
A News Carreiras Múltiplas é uma publicação semanal e gratuita. Além dos emails de cada terça-feira, tem mais conteúdo extra para apoiadores: uma edição especial com entrevistas com profissionais que fizeram transição de carreiras, e uma edição mensal com reportagens aprofundadas para quem deseja encontrar um estilo de vida e uma carreira alinhadas com seus valores, princípios e prioridades.
Bora? Clicando no botão abaixo você pode assinar no ANUAL com 17% desconto:
É muito louco pensar no que poderia ter sido se eu tivesse me permitido peitar as minhas escolhas (e, claro, se eu tivesse condições financeiras pra isso). Acho que acabei sendo múltipla muito para suprir necessidades que eu tinha (e tenho) até hoje. Inclusive, também sendo a louca do cursos dos mais diferentes assuntos. Não posso dizer, felizmente, que os outros escolheram o caminho por mim, mas em alguns momentos, eles atravancaram o caminho, sim! Mas como já diria Mario Quintana: "eles passarão, eu passarinho"!
Pri, tem sido muito interessante acompanhar seus textos. Eu fiz uma mudança bem radical e abrangente na minha vida a menos de dois anos e me sinto extremamente privilegiada por ter tido pouca pressão externa no meu processo de decisão já que não tenho filhos e estava só. Porém, ainda assim foi um processo longo e bastante "sofrido" até romper a barreira do medo. E, considerando que apenas me faltava romper essa barreira, pelo menos para o meu processo fica a percepção de que é difícil ter coragem de mudar. Assim como você, tenho me dedicado ao autoconhecimento e autodesenvolvimento e recentemente acessei uma fala do George Kholriesen em um curso onde ele afirma que o ser humano NÃO é naturalmente resistente a mudanças, as pessoas resistem ao que elas enxergam como dores relacionadas à mudança, resistem ao medo do desconhecido. Isso também fez bastante sentido para mim. É muito triste pensar no potencial da nossa existência, e ao mesmo tempo na sua brevidade, sendo tolhido e moldado pelo medo. Ao contrário, em todas as nossas fases de vida (talvez a cada setênio) deveríamos permitir pelo menos uma versão disruptiva em algum ou mais de um setor da vida e, desta forma, evoluir na busca da nossa melhor versão. Abraços!