Gabi Albuquerque | Histórias que Inspiram #05
"A vida é sobre vivências, não sobre urgências."
Uma vez por mês, eu compartilho histórias inspiradoras de profissionais que se reinventaram na carreira. Seja mudando de atividade, criando um projeto paralelo, ou trabalhando em uma nova carreira, sempre em busca de uma vida equilibrada e com significado. Pegue sua xícara de café e boa leitura!
A convidada da quinta edição do Histórias que Inspiram é a jornalista e escritora Gabriella Albuquerque.
A Gabi (como prefere ser chamada) tem 35 anos e mora atualmente no Rio de Janeiro com o marido. Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco, é pós graduada em Comunicação e Marketing Político e especialista em Psicologia positiva, ciências do bem-estar e autorrealização pela PUCRS. Natural de Camaragibe-PE, ela saiu da cidade muito pequena, quando a família se mudou para Candeia, que fica na região metropolitana de Recife. Aos 14 anos mudou para a capital pernambucana e viveu lá até 2021, quando mudou para São Paulo por causa do trabalho do marido. Ela produz conteúdo e realiza serviços relacionados à comunicação desde 2010. Também comandou uma marca de produtos para restrições alimentares de glúten e lactose, a Paladar e Afeto (de 2014 a 2016). Hoje, ela escreve a newsletter semanal Tempo para Você, também faz trabalhos como freelancer, sobre comportamento, sociedade e bem estar por meio de ensaios, artigos, crônicas, talks e aulas.
→ Gabi, sou apaixonada pelos seus textos e parece que você nasceu para escrever. Como você escolheu a faculdade de jornalismo?
Decidi fazer jornalismo quando tinha 14 anos. Não tinha pensando nessa possibilidade e meu pai sugeriu o curso porque eu era uma muito inquieta, falante e gostava de escrever. Naquele momento me apaixonei pela ideia porque escrever, ser jornalista é muito perto de quem eu sou de fato. Eu achava que ia morar em São Paulo, porque é onde estão as editorias de todas as revistas e meu desejo era trabalhar nessa área, pois sempre fui muito fã desse formato. Lia muito (as revistas) Capricho e Atrevida. Na minha casa tinha um repertório muito grande de revistas especialmente por causa dos meus pais. Na verdade, meu plano era trabalhar na revista Viagem & Turismo para viajar… (risos). Mas quando entrei na faculdade o mundo se abriu e fui descobrindo outras possibilidades. Foi nessa época que conheci a assessoria de imprensa e a comunicação interna.
Meu primeiro estágio foi no setor de Comunicação da Associação do Ministério Público de Pernambuco. Não foi uma experiência que curti e serviu para eliminar essa opção como uma futura escolha para trabalhar.
→ Primeira opção de trabalho na área descartada. O que você começou a fazer?
Era 2008 e eu tinha um namorado fotógrafo que era bem antenado com as novidades tecnológicas. Ele me incentivou a criar um blog para escrever, pois era algo que eu gostava de fazer. E foi assim que comecei no digital ainda na faculdade. Escrevia sobre moda, comportamento, estilo de vida, temas que me interessavam.
Chegou um momento que o blog começou a me abrir oportunidades de estágios. Fui estagiar em uma assessoria de imprensa que tinha os mesmos temas que eu escrevia. Nessa época eu deixei de lado a ideia de morar em São Paulo e trabalhar em revistas porque tinha a sensação que aquela realidade era distante. Foi quando foquei minha carreira para o digital. As marcas estavam começando a criar conteúdos para seus sites, era o boom da internet. Meu conhecimento nas ferramentas que usava para criar e escrever para o meu blog foram muito úteis nesse começo de carreira.
O blog foi um diferencial e serviu como um portfólio para apresentar meu trabalho para o mundo.
→ O blog foi sua primeira carreira?
Sim, foi minha primeira carreira, pois me preparou para o mercado. Eu encarava como um trabalho. Aprendi a utilizar diferentes ferramentas para alimentar o blog, já era convidada para acompanhar eventos como jornalista de blog e como assessora de imprensa. Era um papel duplo (risos).
→ Você terminou a faculdade e seguiu apenas com o blog?
Em 2011 eu já estava formada e sem trabalho fixo, tinha apenas o blog. Meu pai trabalhava com política e sempre pedia para eu ajudá-lo na área de comunicação. Como eu queria passar um tempo fora do Brasil, aceitei fazer alguns freelas de produção de conteúdos para o digital. Na metade de 2011 mudei para Londres para estudar inglês e aproveitei para fazer um curso de jornalismo de moda.
Quando voltei para o Brasil, uma amiga me chamou para escrever para um site de moda. Eu conseguia fazer esse trabalho junto com outros freelas e também com o meu blog. Entre 2011 e 2013 eu me dividia entre o blog, alguns trabalhos para política, o site de moda e mais alguns jobs esporádicos em datas comemorativas.
→ Ter diferentes trabalhos ao mesmo tempo é uma característica muito comum entre os jornalistas, né?
Por causa disso eu tinha a sensação que, por ter várias atividades ao mesmo tempo, eu não tinha uma linha do tempo na carreira e ia pulando de galho em galho. Hoje em dia eu vejo que é um estilo do jornalista e no fim das contas não me dá tédio, pois consigo olhar para várias frentes. Mesmo com essas diversas atividades, chegou uma hora que o blog foi aos poucos sendo deixado de lado. Eu tinha que escolher onde iria publicar os textos e priorizava onde iriam me pagar.
Escolhi deixar o blog e pensei: “vou viver uma carreira normal”… Lembro que em 2011 as pessoas estranhavam quem era freelancer ou autônoma. Por trabalhar assim eu tinha uma rotina diferente, como por exemplo ter a segunda-feira livre. Eu me sentia deslocada, porque estava todo mundo trabalhando e eu não. Era um incômodo e tinha o desejo da estabilidade, mas pelo o que os outros achavam ser o certo.
→ Você deixou o blog de lado para ter uma “carreira normal” e foi trabalhar em quê?
Em 2013, fui chamada pela a dona de uma agência de Recife para trabalhar com conteúdo digital. As redes sociais estavam começando a ganhar espaço para as marcas, especialmente para a moda. Acabou que a vaga não era para o digital, mas sim para assessoria de imprensa, uma área que eu não gostava. Nessa época uma amiga me convidou para fazermos algo só nosso em produção de conteúdo digital. Aceitei porque o ambiente onde eu estava não era saudável.
Só que mais uma mudança, desta vez bem grandiosa, chegou na minha vida.
→ Ah, as mudanças sempre te rondando….
Quando estávamos começando nossa empresa eu comecei a passar muito mal com os sintomas que hoje eu sei que são as restrições alimentares e de intolerância ao glúten e à lactose. Eu lembro que 2013 foi o marco da minha virada na vida. A gente estava em um período de muita prospecção e eu não conseguia trabalhar, pois passava muito mal. Eu e a minha amiga tentamos ajustar a ideia, mas não rolou. Acho que o mercado também não estava pronto para contratar terceiros para criar o conteúdo das redes sociais (algo que é super comum nos dias de hoje).
→ Foi nessa época que surgiu a Paladar e Afeto?
Eu e a minha amiga resolvemos repensar o que fazer, pois eu não conseguia trabalhar naquele formato e acho que ambas estávamos em crise com o jornalismo. Nessa época eu já estava com o diagnóstico das restrições alimentares ao glúten e à lactose e como eu gostava de cozinhar, fazia minha própria comida.
Quando saia de casa eu tinha meu arsenal para não precisar me alimentar na rua e correr o risco de passar mal. Eu fazia bolo e assava em forminhas de cupcakes. Juntou a nossa insatisfação com o jornalismo e a minha nova realidade e decidimos embarcar em outra área. Começamos juntas a Paladar e Afeto, uma marca de comida sem glúten e sem lactose que durou de 2014 a 2016. Essa foi minha primeira transição de carreira.
→ Como foi esse período?
Foi minha primeira transição de carreira consciente. A gente fez brainstorming, criamos uma marca, e deu muito certo. Depois de alguns meses que a empresa estava em funcionamento a minha amiga percebeu que a culinária não era o ambiente dela. Meu namorado na época, que hoje é meu marido, me ajudava muito. Fui levando a Paladar e Afeto e em paralelo cuidava da minha cura. Quando passamos por esse tipo de problema, o intestino pode levar entre um e dois anos para desinflamar e voltar ao que era. Mesmo tirando os alimentos do meu dia a dia, precisei tomar alguns medicamentos por um bom tempo além de ter uma alimentação muito regrada. Hoje eu penso que ainda bem que essa fase crítica aconteceu quando eu era jovem, pois se fosse hoje não sei como iria reagir. Eu lembro que levei tudo de uma forma muito leve.
O período de 2014 a 2016 eu tive a empresa, cozinhando, aprendendo receitas novas, administrando um negócio e cuidando do meu corpo. Foi tudo ao mesmo tempo. A Paladar e Afeto começou em janeiro de 2014 e encerrou em dezembro de 2016.
Esse tempo foi para fazer bolos, pensar em embalagens, entregar produtos. E sempre com muita dor, uma rotina frequente para fazer exames. Lembro que um dia eu tive uma crise de choro no laboratório de cansaço em geral. Precisava controlar muito o que iria comer. Depois de algum tempo a minha irmã também foi diagnosticada e todo nosso entorno mudou. Nós passamos por essa mudança coletiva em casa.
→ Por que a Paladar e Afeto terminou?
Foi um mix de coisas que levou ao fim do ciclo da empresa. Meu diagnóstico demorou muito para ser fechado e eu comecei a pesquisar sobre saúde e bem-estar para conseguir conversar com os médicos. Fui mergulhando nesses assuntos… descobri a meditação, medicina alternativa ayurvédica. Quando comecei a entregar só bolo e as pessoas começaram a me procurar, eu sentia que era muito pouco, que saúde não era só aquilo, eu precisava falar de outras coisas. Foi nessa época que a moda saiu da minha vida, pois tinha ficado em um espectro muito consumista de look do dia e raso e a minha característica é sempre aprofundar. A saúde veio nesse aspecto que precisava passar para o próximo degrau.
Foi um ano de crise no Brasil, o dólar subindo e meus insumos eram de fora e não estava mais conseguindo manter, tinha a questão da minha saúde que precisava estar atenta o tempo todo.
Fiz o último Natal em dezembro 2016, encerrei e pensei “o que eu faço agora?” No final da marca Paladar e Afeto eu criei um blog para falar sobre temas relacionados a ele e quando a marca encerrou, eu mantive o Instagram e mudei o nome para o meu e continuei escrevendo sobre saúde.
→ E lá vem mais uma mudança.
Alguns meses antes de encerrar a Paladar e Afeto eu procurei uma coach para me orientar na transição de carreira. Eu queria mudar, mas queria fazer de um jeito intuitivo. Desejava que fosse mais organizado. Ao final desse trabalho eu tinha duas possibilidades: a produção de conteúdo (a escrita de volta para a minha vida) ou prestar consultoria na área da saúde para empresas. Identifiquei que o mercado estava favorável para a consultoria e fui me capacitar. Fiz algumas formações em São Paulo e voltei para Recife para trabalhar.
Nessa época, conversando com uma amiga que mora na Suécia, ela me disse que a expressão work life balance (equilíbrio entre vida profissional) estava em destaque por lá e que chegaria ao Brasil em breve. Percebi que desde os primeiros anos de formada eu já queria trabalhar com esses temas, mas ainda não tinha me dado conta.
O leva e traz de experiências e sabedorias inspiram um caminhar com menos pressa.
→ Como foi esse período?
Atuei como consultora de carreira e bem estar de 2017 até meados de 2021. Nesse período eu montei um combo de hábitos para me reestruturar mental e emocionalmente. Eu não podia mudar o diagnóstico da minha saúde física, mas minhas intolerâncias pioravam por causa da ansiedade e da minha vontade de querer controlar tudo. Já fazia pilates, aprendi a meditar para não piorar a minha saúde e aprofundei meus estudos sobre esses assuntos.
Uni meu conhecimento na área, minhas experiências pessoais e comecei a ensinar as pessoas em palestras e workshops a como equilibrar a vida e o trabalho. Nessa época, fiz uma parceria com uma amiga e realizamos uma palestra em um coworking em Recife. A gente esperava 35 pessoas e apareceram 120. Foi aí que entendi que as pessoas realmente queriam saber mais sobre saúde e bem-estar.
O primeiro ano da pandemia, 2020, foi o período que mais trabalhei. As empresas queriam abordar esse tema e realizei muitas palestras para grandes organizações. Terminei o ano exausta! A pandemia e o trabalho desafiaram meu combo de hábitos para me manter em equilíbrio. Ele funcionava bem no mundo que conhecíamos.
Nesse período, eu transformei meu curso presencial, o Planeje: trabalho, vida e bem-estar para uma versão online, mas não rendeu como eu imaginava. Eu criei a expectativa que 2021 seria diferente, mas não foi. A pandemia piorou, as empresas começaram a segurar os orçamentos, pois o que eu vendia não se encaixava mais naquele cenário. Como as pessoas iam planejar o ano se elas não sabiam como seria? Ou como iam pensar em saúde mental no trabalho se elas não sabiam se teriam trabalho? Estava tudo muito estranho.
Acho importante destacar que todos os saltos que fiz nunca foram de forma tranquila. Abri mão de muita coisa para essas mudanças funcionarem. Você não faz essas transições sem perda financeira. No começo eu tinha o privilégio de morar com a minha mãe e é importante falar sobre isso, especialmente para as mulheres. Eu tinha a opção de fazer testes naquilo que queria trabalhar e sempre fui muito incentivada, principalmente pelo meu pai.
Eu tinha esse suporte da minha família, do meu marido, mas a autocobrança sempre existiu. Aqui no Brasil a gente tem a cultura limitadora da falha. Se o projeto deu errado foi você que falhou. A gente pessoaliza muito as coisas. Eu tinha a ideia para testar, mas não tinha a gentileza comigo de entender que se não desse certo, tudo bem. Quando não funcionava, para mim era algo gigantesco: “nossa, eu errei isso aqui de novo….”
→ Nessa época começa uma nova mudança?
É isso aí (risos). No início de 2021, eu beirei o burnout e em conjunto com meu terapeuta decidi parar por um tempo para cuidar da minha saúde mental. Eu parei em junho e no mês seguinte meu marido foi convidado a trabalhar em São Paulo. Ele tem carreira executiva e na área que ele trabalha (energia renovável), as principais empresas estão na capital paulista. Nos mudamos para São Paulo em outubro de 2021.
→ Como foi o início da vida em São Paulo?
Pouco antes da minha decisão de fazer essa pausa nasceu a ideia da Tempo para Você. No começo era para ser um site, pois eu queria um espaço para escrever com mais profundidade que as legendas no Instagram. Enquanto não colocava esse projeto em prática, fui buscar algo para fazer e entrei para um clube do livro. Em um dos encontro tinha uma aula com a escritora Aline Bei. Isso era janeiro de 2022. Ao fazer essa aula eu entendi que precisava voltar a escrever. A Aline leu meus materiais e me incentivou a retomar. Não tinha como evitar, a escrita estava de volta à minha vida.
Nesse período eu estava concluindo uma pós em Psicologia positiva, ciências do bem-estar e autorrealização na PUCRS e decidi escrever um artigo em formato jornalístico. Seria o meu teste e pensava se iria conseguir voltar a escrever como antes. Apareceu a oportunidade de fazer um curso com a Ana Rüsche, uma escritora de não ficção. Eu aproveitei as aulas para escrever o artigo sobre esperança. Foi um período muito prazeiroso e decidi que esse material poderia ser um livro ao qual estou me dedicando. Depois que entreguei o artigo na pós decidi tirar o projeto da Tempo para Você do papel e a newsletter foi lançada em junho de 2022.
Mudanças e escrita estão na linha da minha vida.
→ Uma nova mudança, desta vez retornando para a escrita.
Todos meus projetos tem escrita no meio. Na época do blog eu tinha uma lista da minha antiga newsletter com 130 assinantes. Enviei uma mensagem para essas pessoas avisando que estava voltando a escrever e indicando o novo espaço. Pouco mais de um ano estou com 1.258 assinantes. O impulso da Ana foi fundamental para essa minha volta à escrita.
E aí, com meu retorno para a escrita uma nova mudança surge. Na metade de 2022 meu marido recebeu o convite para trabalhar em uma outra empresa, desta vez com sede no Rio de Janeiro. Ficamos indecisos na hora, mas era uma oportunidade única. Ele negociou com a organização e conseguimos ficar mais alguns meses em SP e nos mudamos para o Rio em maio deste ano.
Já no Rio a Tempo para Você estava estruturada e funcionando e eu tive a certeza que o meu trabalho é mesmo ser jornalista e ser escritora. Não vejo como outra opção. Por isso, costumo dizer que a minha vida deu um giro de 360 graus. Eu sai da escrita, experimentei diferentes áreas e voltei para a escrita. Hoje eu sei que é onde me realizado.
Acredito na escrita como ponte para contar as nossas vivências.
→ Como funciona seu trabalho na Tempo para Você e também como jornalista e escritora?
Criei a Tempo para Você, para informar e debater diretamente com o público as pautas relacionadas ao comportamento, estilo de vida, saúde e bem-estar. Atualmente, escrevo e comunico, como freelancer, por meio de ensaios, artigos, crônicas, talks e aulas.
Estar em São Paulo foi muito importante para esse resgate da escrita. Conheci muitas mulheres que escrevem no Substack (a plataforma onde a newsletter é publicada) e que também vivem da escrita. Ao conhecer essas mulheres comecei a ver que ser escritora era uma carreira possível para mim.
Hoje, estou trabalhando para publicar o livro sobre esperança, além de estar com duas crônicas e um conto que serão publicados pelo selo da Flip (Feira Literária de Parati) no evento deste ano.
A escrita é um projeto tão latente para mim que quando comecei a meditar eu terminava e escrevia algo. Essa escrita do diário é uma conversa comigo, ela me evoca muito.
→ Você nunca deixou de gostar do jornalismo?
Muita gente pergunta se eu deixei o jornalismo porque não gostava, mas nunca foi isso. A primeira mudança foi quase obrigatória, por uma questão de saúde e outra do mercado. Não me enxergo deixando de ser jornalista. Uma vez jornalista, sempre jornalista.
→ O que você diria para as mulheres que querem mudar de carreira, que estão perdidas?
Acho que precisa ter o planejamento para fazer essa transição e não apenas o financeiro. Se ela vai mudar de área, mas vai seguir no corporativo por exemplo, a mudança é muito pequena. Mas se ela vai deixar o CLT para empreender, para ser autônoma, é uma mudança gigante. É preciso ter estrutura emocional e mental para dar conta.
Também é importante pensar no dinheiro e colocar um prazo para essa mudança acontecer. “Quanto tempo eu tenho para esse negócio acontecer?” É preciso ter consciência que dificilmente será rápido. Pode ser mais inteligente ficar em duas atividades ao mesmo tempo, até ter a segurança necessária para mudar em definitivo. Essa é a ordem prática para pensar em mudar de carreira. Pensando em mulheres, não é a ordem prática que funciona (risos). É a coragem. É uma palavra muito bonita. É preciso ter coragem mas, antes de tudo, querer mudar.
Tem uma frase da Dona Canô, mãe de Caetano Veloso, que diz que “ser feliz é pra quem tem coragem”. Adotei essa frase pra minha vida.
A vida é uma oportunidade incrível e estamos aqui com essa grande chance de viver, não podemos desperdiçar. O mundo é doido, tem muita coisa complicada, mas ainda assim é uma grande oportunidade e também é uma perda enorme não aproveitar o que se quer fazer. Você não pode não se priorizar, não encontrar espaço para fazer as suas coisas.
É importante saber que nada é definitivo. Se der errado, volta. Eu sei que dói, é um luto, mas sempre dá para voltar. Se eu pensasse que era definitivo, eu nunca voltaria a escrever, porque eu desisti lá trás. Outra coisa que aprendi é que sempre precisamos semear relações, não importa onde você estiver, em qual trabalho for. A gente aprende muito com as pessoas. Se você testar algo e não der certo, ter essa rede é muito importante, ter pessoas com você. É um bem valiosíssimo.
→ Eu sou super fã de semear relações. É por isso que mesmo antes da gente conversar eu já me sentia sua amiga….
Agora, depois dessa conversa, pode ter certeza que somos amigas!
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Um beijo e até o próximo mês com mais uma edição do Histórias que Inspiram.
Pri Tescaro
Rever a própria história é especial. Obrigada pelo convite 💕